sábado

O balanço da rede


O esmagado espaço compreendido entre o desejo e o momento em que as coisas se afiguram, nos oprime intensamente. É uma verdadeira prensa que nos aperta para o desespero, esperando o nosso grito para ver qual o nosso limite ou nos dar a clara sensação de impotência. Aliado a tudo isso a mania de aumentarmos a nossa dor. Parece que o mundo vai arder em chamas e você será o primeiro a ser queimado. Sabe aqueles últimos cinco minutos de um filme de suspense, onde o vilão será morto, mas, o mocinho ainda apanha que só? É essa a sensação em que se desenvolve o desespero diante de nossos objetivos. Mas, devagar, o tempo mostra que não é bem assim, não! Aliás, que pode ser muito pior! (ahahahhaah, não consegui perder a oportunidade da piada). A vida ensina a se ter paciência e obstinação, mas, a retroceder em determinados momentos. Nos ensina o tempo todo, em verdade, mas, acho que não aprendemos a aprender: o nosso ego dita regras e coordenadas que não nos levam a qualquer lugar que não o do desespero. Aprender a aprender tem sido um modo de viver experenciado. Não sei se esse modelo lhe serve, mas, fica a reflexão. Arme a sua rede e balance aos poucos, sentindo a brisa e observando o tempo.
Imagem: encontrada no endereço
http://broceliande-leblog.blogspot.com/2005_02_01_broceliande-leblog_archive.html

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