Fica evidente que o passar dos tempos não foi generoso com Brad Pitt, além de estar muito envelhcido, não aprendeu a atuar. Babel está aí para ser assistido. O elenco do filme é muito interesante, agrada e convence. A câmera é inspirada no Fernando Meireles, ou seja, quem tiver labirintite tem que se segurar um pouco na cadeira. O filme, com mais de duas horas, tem começo meio e fim e prende a sua atenção. A idéia bíblica das pessoas não conseguirem se entender é mantida. O resultado de tudo isso é um filme agradável e bem dirigido, entretanto, só assista no final de semana se estiver com muito bom humor, pois é meio pesado. Japão, Marrocos, Estados Unidos e México, as pessoas não se entendem mesmo. O que me faz gostar do filme é a sutil crítica ao final feliz americano. Fica muito clara a crítica à teoria vitimológica americana: sempre são os outros que fazem algo errado e eles têm que organizar o mundo, ou seja, o diretor chama os americanos de superficiais, medíocres e babacas. A cena mais violenta do filme: a morte de uma galinha. Vá ao cinema e assista. Ah, ia esquecendo, caso encontre com a Japa, faça uma caridade.
Bjus
"Eis que todos constituem um só povo e falam uma só língua. Isso é o começo de suas iniciativas! Agora, nenhum desígnio será irrealizável para eles." Genesis
Foto: Atriz Rinko Kikuchi encontrada no site
