
O povoamento do município de Itapetim, em Pernambuco, se deu por volta de 1885. Nessa época, acredita-se, o Senhor Amâncio Pereira, deu início à construção das primeiras casas. Graças ao seu esforço e espírito empreendedor fora se organizando uma feira e a primeira casa de comércio, fato que marca a evolução do povoado. Em 1890 foi erguida uma capela em homenagem a São José do Egito e coube ao padre José Gomes a celebração da primeira missa. Posteriormente, outro templo mais amplo foi construído (1914) com a finalidade de acomodar maior número de fiéis. O primeiro nome da povoação foi Umburana, em virtude da existência de uma árvore de igual denominação na localidade. Posteriormente, passou a ser conhecida como São Pedro das Lajes. O terceiro nome foi Itapetininga e, finalmente, em 1943, pelo decreto lei nº 952, passou a ser Itapetim. A cidade está localizada no Sertão do Pajeú, próximo da divisa entre Pernambuco e Paraíba. Algo que marca muito a cidade, são os seus poetas que se destacaram em desafios de repentes.
Estudos do campus avançado da Itapetim University afirmam que a poesia é difícil de se ler; de se fazer, nem se comenta, mas, de apreciar é sempre bom!
Saudade é um parafuso
Que na rosca quando cai,
Só entra se for torcendo,
Porque batendo num vai
E enferrujando dentro
Nem distorcendo num sai.
Saudade tem cinco fios
Puxados à eletricidade,
Um na alma, outro no peito,
Um amor, outro amizade,
O derradeiro, a lembrança
Dos dias da mocidade.
Saudade é como a resina,
No amor de quem padece,
O pau que resina muito
Quando não morre adoece.
É como quem tem saudade
Não morre, mas adoece.
Adão me deu dez saudades
Eu lhe disse: muito bem!
Dê nove, fique com uma
Que todas não lhe convêm.
Mas eu caí na besteira,
Não reparti com ninguém.
Antônio Pereira de Moraes – O Poeta da Saudade
Meu gentílico, como o do poeta acima, é itapetinense!
Bjus
Foto: Igreja Matriz, encontrada no yahoo imagens.