quinta-feira

Rua do Rio


A década de 80 deixou muitas influências e lembranças em minha memória. Dentre elas uma cantora e dançarina que chegara do exterior e emplacara o sucesso Preconceito, o qual ainda rendeu o Prêmio Sharp na categoria porp-rock. Comecei falando disso porque sempre lembro da estrofe que diz que "preconceito? não faz bem a ninguém..." Realmente, não faz! Essa semana, fui convidado a ir a um shopping em Del Castilho, subúrbio carioca. O argumento era tomar uma caipirinha com cachaça envelhecida de fabricação própria e local no Petisco da Vila. Pegamos o metrô e fomos eu e Telminha. Era perto das 18:00h e vi o que era um sistema de transporte coletivo lotado. Acostumado a passear pelas ruas da zona sul do Rio de Janeiro, comecei a experimentar o passeio pelo lado menos glamuroso da cidade. Ao mesmo tempo, comecei a ficar temeroso, pois, mudamos de trem e este tinha como destino final a Pavuna, o que me deixou mais apreensivo ainda. É fato de que a mídia nos deixa meio assim mesmo. Antes disso, saltamos na estação de Del Castilho que já para dentro do Shopping Nova América. Um novo mundo surgiu para mim! O espaço consumista era muito legal, mais até que alguns shoppings da zona nobre. Lá fui conduzido a uma ala chamada Rua do Rio; um paraíso! Vários botecos, todos muito arrumados, fartos e bem cuidados, ou seja, um lugar maravilhoso. Gostei muito do lugar, ainda mais quando a garçonete nos perguntou se sabíamos da promoção: era clone de caipirinha! Isso já deu uma incrementada na nossa disposição boêmia. Depois disso, uma parte da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel passou desfilando pelo local, com direito a passistas, bateria e gente já em clima de carnaval. Reconheço o meu preconceito e o quanto isso pode nos deixar longe de coisas interessantes. Obrigado Telminha por me ajudar a me despir de alguns erros.
Bjus