segunda-feira

Quero não!


Caso você acredite que o seu ciúme reflete um pouco do seu gostar por mim, desculpe, mas, eu não gosto de ciúme. Primeiro porque acho que é um atestado de insegurança, segundo, porque acho mesquinho, terceiro porque acho infantil e quarto, por que não gosto do som da palavra. Se possível, apenas me ame, apenas me tenha atenção, apenas seja companheiro, apenas seja amigo. Seja um dependente do amor livre, pois, o poeta já havia dito que enquanto ele dura, é eterno. Saiba que querer amar alguém implica uma luta constante para que se mantenha em suas diferenças e igualdades. Faça parte do grupo dos que lutam pelo amor, e aprenda logo que o ciúme é uma cilada, um jogo baixo. Não faz parte dos mecanismos dignos de orgulho. Tenho que me orgulhar de algo para amar alguém. O amor é espontâneo, imprevisível, temporário. O ciúme é algo que começa a ferver no seu peito, partindo para a sua cabeça, um dia você estoura e se mostra vulnerável e perdido. Caetano diz que o ciume lançou sua flecha preta* e eu concordo com ele. A figura acima mostra alguém na corda bamba, mas, corajoso para enfrentá-la de olhos vendados. Sei que é querer muito e, também, bastante idealizado, mas, esse amor ideal é o que eu gostaria de ganhar.
Bjus
* trecho da música O Ciúme, composição de Caetano Veloso.
Imagem encontrada no endereço:

Serasa fraterno-afetivo-familiar.



Tem algo mais chato do que ser cobrado por alguém? Ao menos para mim, dá a sensação de estar há mais de três minutos embaixo d'água: é possível passar mais algum tempo mergulhando, mas, o ar já está acabando! Falo isso por cobrar dos outros também. Acho que essa vai ser minha meta para 2007, qual seja, cobrar menos e espero que isso aconteça dos outros para comigo. Eita, será isso uma cobrança?! Bom, o fato é que quando sou cobrado demais, demandado demais, perco a paciência e o tesão. As cobranças de dívidas financeiras têm resoluções mais fáceis. As cobranças fraternas, afetivas, familiares, essas são complicadas e desgastam muito. Sei que é difícil saber qual é o crédito que os outros têm conosco e qual o que temos com eles. Essa informação é confidencial, variável e não se tem saldo, tampouco, extrato dela. A proposição que me faço, de ser menos "cobrador" em 2007, reflete a minha intenção de deixar as convivências mais leves, espontâneas e independentes. Reflete o amor que tenho pelos meus, a inconstância da minha alma e a necessidade permanente de mudança. Quero cada vez mais que meus encontros sejam permeados de prazer e doçura.
Bjus