segunda-feira

Bússola



O meu norte é ao nordeste do sul, se encaminhando não sei para onde.
E, esse caminho, necessário, não sei para onde se destina, ou muito menos a que.
Destino incerto, rota não sabida.
De certa forma isso não me angustia, me conforta em não me acomodar.
Mas, não deixa de ser duvidoso e inseguro: para mim, paradoxalmente, caminhos cheios de possibilidade.
Talvez eu tente viver o caminho do possível, melhor, do impossível, das angústias, das incertezas,.
Sentido sem sentido, pleno de possibilidades, pleno de plenitude e de limitada infinitude.
Feliz de tanta busca por tentar não ser triste.
“Feiamente” belo.
Indiscutivelmente meu, próprio, legítimo.
Impulsivo, sensível, tenso e calmo.
Solitário e, como não podia deixar de ser, cheio de boas companhias.
De portas fechadas, jamais trancadas.
Aquele que acaba no paradoxo de ser o ponto final, reticências.O meu caminho...
Bjus
Foto: Palíndromo de origem palestina ligado, provavelmente, ao início do cristianismo.

Qual é a sua cor?


Povos e Povas: A lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Com isso, professores devem inserir em seus programas aulas sobre os seguintes temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. A escolha dessa data não foi por acaso, pois em 20 de novembro de 1695, Zumbi (o nosso lanterna verde) foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, após liderar uma resistência que culminou com o início da destruição do quilombo Palmares.
É viagem da minha cabeça achar um absurdo que tenha que ser criada uma lei para obrigar a inclusão da história do nosso país como disciplina escolar?! Isso não deveria ser o óbvio?!
Bom, de qualquer modo, vamos todos nos confraternizar, respeitar e colorir o mundo.
Bjus
Figura: © 2004 iCOMICS

Promessas (leia primeiro o outro texto abaixo)


Bom, acabei não assistindo ao filme! Então, falar sobre o que agora? Sobre o óbvio?! Porquê não assisti ao filme do Capote?! Acho que não assisti porque teria que escrever sobre ele e não gosto de fazer nada obrigado. Nem quando me obrigo. Liberdade é algo fundamental para a minha existência material, divina e errante. Odeio, com todas as minhas forças, a sensação de estar fazendo algo obrigado. Pareço um adolescente revoltado nessas situações. Muitas vezes, por culpa, até faço, mas, o preço é bem alto. Para algumas pessoas, fazer coisas impostas não tem a dor que tem para mim. Tenho inveja delas. Almejo aquela paciência e complacência com a vida. Essa rebeldia, em alguns aspectos é bem interessante, em outros, nem tanto. Mas, enfim, não vai dar para discutir isso agora. Afinal de contas, voltar a escrever para quê, sobre o quê? Tinha delimitado o filme, mas, não o assisti e, por conta disso, entrei em uma auto-análise inconveniente.
Acho que a minha sorte é ser brasileiro. Caso eu fosse oriental, já teria me suicidado há muito tempo. Impressionante como eles têm objetivos e conseguem cumpri-los.
Mas, mudando de assunto (?!?!!?!!?) Minha barriga cresce numa progressão geométrica, isso também me preocupa. (pausa) Não vou discorrer sobre esse assunto, o clima “pesou” (expressão infeliz!!!)
Bjus
Foto: cena do filme "Ferris Bueller's Day Off", Direção: John Hughes