sexta-feira

Luta contra a AIDS



Caso você não use preservativo, só lhe resta participar do projeto mão amiga como o nosso amigo da foto.
- A origem da palavra condom — "camisinha" em inglês — pode vir do nome do médico Condon, que viveu na corte do rei Charles II. Mas é mais provável que venha do latim condus, que significa receptáculo.- A expressão brasileira "camisa de vênus", hoje fora de moda, é uma referência à Vênus, deusa romana do Amor (ou Afrodite, para os gregos).
- Os japoneses foram os inventores da primeira camisinha sonora. Eles usaram o mesmo minúsculo chip de cartões musicais, instalado na ponta do preservativo. Assim que o homem ejacula, pode-se ouvir, no interior do corpo da mulher, a canção Love Me Do, dos Beatles.
- A rivalidade entre franceses e ingleses também foi parar nos preservativos. Os primeiros os chamaram de "capote anglaise" (capote inglês), na época em que usar camisinha era uma "frescura". Ofendidos, os ingleses contra-atacaram. Criaram a expressão "french disease" (doença francesa) para se referir a doenças sexualmente transmissíveis.
- Em Portugal, os preservativos são chamados de "durex".
- Existe um filme alemão chamado A Camisinha Assassina (Kondom des Grauens, 1996). É ambientado em Nova York, e seus astros são preservativos com dentes afiados. Por trás das camisinhas assassinas há uma seita de lunáticos e cientistas malucos que querem acabar com os pervertidos da cidade. Os condoms foram desenhados pelo célebre artista Giger, o mesmo criador do viscoso Alien, o Oitavo Passageiro.
- A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou um plano em que mostra que para diminuir o aumento de casos de Aids e de doenças sexualmente transmissíveis na próxima década serão precisos 20 bilhões de camisinhas.
Qualquer que seja o motivo, origem, descoberta, invenção, sua obrigação é usar. Dia 1º de Dezembro, dia Mundial de Luta contra a AIDS.
Foto: encontrada no endereço

Herança maldita


A culpa que levamos, entranhada sempre em um lugar dolorido, talvez seja tão ruim quanto alguns comportamentos herdados dos nossos familiares. Muitas vezes nos punimos por termos feito algo: é a pena a qual nos submetemos para tentarmos ser perdoados. Mas, nós nunca nos perdoamos, somos implacáveis conosco. Mãe comete um erro, aplica-se a penalidade da reclusão e passa a viver como um fantasma, guardando sempre seu segredo. Filha comete erro ao pré-julgar a mãe, aplica-se a penalidade do exílio, guardando sempre seu segredo. Neta, comete um erro também, mas, quebra a tradição, contando logo seu segredo. A tradição fora quebrada, mas, a culpa flutua em sua cabeça. Essas ações das personagens são propositais para a união dessas mulheres fortes e que, com o passar dos tempos, aprendem a confiar uma nas outras. Almodóvar não deixa de ser um provocador dos valores cristãos, nos deixando de frente com nossos pecados, nossas neuras e posturas politicamente incorretas. Todas as personagens, em seus tempos, precisaram errar para aprender. Aquela idéia que você somente será salvo, se passar por um martírio. Impressionante a capacidade do diretor em adequar personagens e atores. O filme já vale pela cena de abertura no cemitério. Eu, particularmente, gostei muito do filme, alguns podem ter saído frustrados por esperar algo mais chocante. Achei o filme particularmente profundo, mascarando a morte emocional com a morte material. Estarei mais empenhado em me livrar de alguns fantasmas, não quero ficar vagando...
PS: Gemmal, impossível não lembrar de você pelas cores e pela cena em que a Penélope lava as facas na pia.
Foto: Chus Lampreave, atriz do filme Volver que interpretou Tia Paula, em campanha publicitária para Joalheria Gandolfi.