terça-feira

Deliciosos pecados aos quatro ventos


Assistimos [eu, Telminha e Giselle] ontem a Pecados Íntimos e gostamos. Principalmente do que, depois, pensamos e discutimos. Eu particularmente gostei do filme pela idéia não defender nem o machismo nem o feminismo, mas, por deixar cheia de possibilidades a existência. Desejar, mesmo que o fracasso seja conseqüência. O filme é vendido, em sinopse, como a história de um casal de amantes que, durante o dia cuida dos filhos e se dá ao desfrute em tórridas investidas sexuais. Eles fazem isso, sim, mas, nas entrelinhas outras coisas importam e chamam à atenção. Assim, o aspecto psicológico emerge de forma interessante. Acho que ali se descreve dependência emocional, acomodação, desejos reprimidos e infelicidade. A conclusão possível em minha leitura do filme passa pela frase dita pelo Fidel Castro a Leonardo Boff, que diz haver momentos na vida em que para continuarmos os mesmos temos que mudar. A questão sexual é latente no filme e, apesar de boas cenas de sexo da Kate Winslet com o Patrick Wilson, elas não chegam a excitar. Aliás, frise-se que todos os persongens do filme têm, de alguma forma, exibidos os seus sexuais pecados íntimos, entretanto, somente o casal de protagonistas vai às vias de fato. A tensão que nos prende ao filme fica por conta dos desejos idealizados em confronto com o que é meramente possível. Bom filme para você avaliar seus pecados de poder e sexo dentro do(s) seu(s) relacionamentos.
Bjus
Foto: Noah Emmerich, encontrada no endereço
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/pecados-intimos/pecados-intimos02.jpg

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