sábado

Estou me realfabetizando


Tem dias que escrever esse blog é tão chato quanto trocar um botijão de 20 litros de água: sempre inconveniente, mas, necessário. Acho que como a água, ele tem sido vital para minha existência, principalmente depois que novos conflitos passaram a transitar nessa minha cabecinha. Um deles em especial é o darwinismo literário. Os darwinistas literários tentam mostrar como diferentes autores revelam aspectos fundamentais da natureza humana - natureza, dizem, que pode ser influenciada por circunstâncias culturais e históricas particulares, mas fundamentalmente é inata e universal, pois foi moldada durante nosso processo evolutivo. Bom, não sei a quanto tempo isso existe e se estou desatualizado, mas, enfim, foi agora que isso chegou ao meu conhecimento. Acho que no dia 1º de Janeiro, pouco tempo mesmo. Estou fascinado em pensar nessa perspectiva. Essa nova (para mim) descoberta desestabiliza alguns conceitos que eu tinha sobre muitas coisas. Começo a ver uma nova perspectiva de mundo, um pouco menos romântica e, paradoxalmente, mais romântica, por ser legítimo e inato muito do que se pensa em termos dessa evolução humana. Passei a ter melhor clareza de que ler é um ato completamente individual e, portanto, deve ser cada vez mais cultuado e respeitado. Estou, na verdade, convidando vocês para lerem novos livros ou relerem, inclusive aqueles que você não gostou. Comecei o texto falando sobre escrever, mas, em verdade estou preocupado com a leitura que se tem de tudo que é escrito. Pensando assim, acredito que vai ser uma oportunidade para perceber o quanto mudou a minha maneira de ler e de me perceber outro. O Caetano, acaba sendo sempre uma referência para mim e, falando em leitura, lembrei da múica Livro* que diz "os livros são objetos transcendentes Mas podemos amá-los do amor táctil.
Bjus
* Trecho da música Livro, do CD do Caetano Livros que ganhou um Grammy
Foto: encontrada no endereço

Nenhum comentário: