terça-feira

Saco sem fundo



Quais as razões que nos fazem sentir o mundo do modo com sentimos? Quando pensamos sobre isso, ou procuramos estudar um pouco sobre o assunto, as respostas sempre transitam pelo lado da criação e experiências que tivemos. Reconheço a criação que me foi dada e também as experiências que tive, entretanto, apenas isso não me convence. Parece faltar algo: seria o divino? Mesmo tendo fé, ainda falta algo. O que é que falta? Pode parecer até loucura isso, mas, acho que não falta nada, apenas não aprendemos a lidar com a falta. Entendendo melhor, existe um espaço dentro da gente que é o lugar da falta, que vem a ser um espécie de juros de cartão de crédito que você nunca consegue pagar, mesmo que se esforce, sempre vai ficar devendo algo a você mesmo. Esse espaço é um saco sem fundo, um buraco negro e essa é a função dele: tentar preencher o impreenchível. Ontem à noite assisti a Transamérica, com a espetacular Felicity Huffman, que interpreta Sabrina Osbourne, ou siplesmente Bree. O roteiro do filme é bem interessante, nos fazendo refletir sobre uma operação de "mudança de sexo" e a descoberta da paternidade. A Bree termina o filme do mesmo modo que começa, ou seja, experimentando a falta, apesar de ter conquistado um monte de coisas no decorrer da trama: maturidade, complascência, fortalecimento do ego, um rápido apaixonamento e novas experiências. Tenho certeza que você tem a sua falta também, talvez seja mais discreto do que eu e não fale sobre ela. Apesar de ser importante o conviver com a falta, não esqueça de agradecer suas conquistas e de se parabenizar: seja generoso com você mesmo.
Bjus
Foto: yahoo imagens encontrada no endereço

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, gostei dos textos. Sugiro que para se encontrar, ou resolver os vazios se regaste atraves de Vicente Preto, Rogaciano Leite,etc em Lajeado de São Pedro. Procure ler Felicidade de Eduardo Giannetti.